Antes Birmânia e hoje Myanmar, esse país guarda em sua variedade de nomes uma história de conflitos. O país, que abriga mais de cem grupos étnicos, com diferentes línguas e dialetos, até pouco tempo era fechado. Foi colônia britânica e, após sua independência em 1948 se manteve isolado do resto do mundo. Mas tudo isso mudou há menos de dez anos, quando a ditadura deu lugar a uma progressiva abertura política.
Quando o assunto é religiosidade, a variedade também é grande: 85% da população pratica o budismo, mas há cristãos, hindus e muçulmanos. Toda essa história faz de Myanmar um dos países mais exóticos do mundo - e que parece ter parado no tempo.
Outro ponto importante é que, pela ausência de indústrias, a manufatura e o artesanato são pontos marcantes na cultura do país. Essa mistura faz de Myanmar um lugar único.
A viagem até Myanmar geralmente começa em Yangon, onde há o maior aeroporto do país. O Templo Chaukhatgyi, com seu enorme Buda reclinado e a Pagoda Shwedagon, um dos mais belos templos budista que existe, são paradas obrigatórias em qualquer roteiro.
Mas é Bagan um dos destinos mais procurados no país. Acredite, há muito o que visitar por lá! Isso porque a cidade já foi capital de diversos reinos e abriga um dos cenários mais poderosos do Sudeste Asiático: o skyline de centenas de estupas, com balões brotando da terra, e montanhas ao fundo. O pôr do sol ali é de tirar o fôlego!
As estupas, é preciso saber, são construções budistas que originalmente foram construídas para guardar relíquias do Buda. A Pagoda Lawkananda, com sua belíssima vista, foi construída pelo rei Anawrahta em 1059. Os Templos Payathonezu, Nagayon e Apyeyardana também valem a visita.
Templos, aliás, não faltam em Myanmar. Inclua no roteiro a Pagoda Shwezigon, construída há cerca de 900 anos, o Templo de Htilominlo, o Mosteiro de Nathaukkyaung, com várias escrituras e imagens de Buda, o Templo Ananda, obra-prima que data do século XI, a Pagoda Dhamayangyi e o Templo Sulamani. Observar o pôr-do-sol do topo de um templo será uma experiência inesquecível.
O aeroporto de Heho é a porta de entrada para o próximo destino. O Lago Inle, repleto de construções de palafitas ao seu entorno, é outra área com muitos pontos turísticos interessantes. Navegando pelas águas de Inle é possível avistar flores de lótus nascendo das águas e pescadores que remam com os pés. A Pagoda Phaung Daw Oo, localizada nas margens do lado, é a mais importante e venerada pelos habitantes. O curioso Mosteiro Nga Phe Chaung é conhecido por causa dos gatos acrobatas.
O complexo de Inn Thein, por sua vez, é composto por ruínas de templos antigos, com estupas brancas e douradas que enchem os olhos. Uma parada na aldeia Inpawkhon e já será possível entender um pouco o estilo de vida dos habitantes do local, que vivem em pequenas casas de madeira de palafitas.
Mais informações sobre Myanmar:
Moeda: Quiate (MMK)
Idioma: Birmanês
Melhor época para visitar: De novembro a fevereiro, quando o tempo não está tão quente nem tão úmido. O Myanmar tem duas estações diferentes: a estação seca, que acontece de outubro a maio, e a estação chuvosa (período das monções), que acontece de maio a outubro. Os meses de março a junho costumam ser os mais quentes do ano, com temperaturas altíssimas, geralmente maiores que 40°C.